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Surto de SRAG em crianças: Amazonas e outros estados enfrentam aumento alarmante de internações

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Foto: reprodução

Em 2023, o estado do Amazonas enfrentou um aumento significativo no número de internações de crianças devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, esse crescimento também foi observado em outros estados, como Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe. O estudo analisou os dados até 8 de maio, com base na Semana Epidemiológica 18, e revelou um sinal moderado de crescimento de casos tanto no curto prazo (últimas 3 semanas) quanto no longo prazo (últimas 6 semanas) em 19 das 27 unidades federativas.

Os resultados laboratoriais indicaram que, embora a população adulta seja predominantemente afetada pelo vírus Sars-CoV-2 e apresente uma queda nos casos em vários estados, ainda há um aumento nos casos relacionados aos vírus influenza A e B. No caso das crianças pequenas, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) continua sendo o principal causador das internações, mantendo os números elevados nesse grupo.

Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, destacou que o aumento de casos está relacionado principalmente ao VSR em crianças, enquanto o restante da população enfrenta um aumento majoritariamente associado à Covid-19. No entanto, há tendências distintas entre os vírus que afetam os adultos. Enquanto os casos de Covid-19 sugerem desaceleração, há indícios de um recente aumento nos casos de influenza A e B em vários estados.

Diante desses números crescentes, Gomes ressaltou a importância das campanhas de vacinação. Ele enfatizou que a persistência dos casos de SRAG associados à Covid-19, juntamente com o recente aumento nos casos de influenza A, reforça a necessidade de adesão às campanhas de vacinação contra a Covid-19 e a gripe. Essas medidas são cruciais para controlar a propagação dessas doenças respiratórias e proteger a saúde da população, especialmente as crianças.

Capitais e casos de SRAG no país

No quadro etário geral, Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas).

Entre as capitais, 15 apresentam sinal de crescimento: Belém (PA), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Portoa Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e Teresina (PI).

Em 2023, já foram notificados 59.675 casos de SRAG, sendo 23.626 (39,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 27.010 (45,3%) negativos e ao menos 5.458 (9,1%) aguardando resultado laboratorial.

Resultados positivos de vírus respiratórios e óbitos

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência nacional entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi a seguinte: influenza A (13,5%); influenza B (7%); VSR (47,5%); e Sars-CoV-2/Covid-19 (25,5%). Já entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (14,5%); influenza B (8,5%); VSR (10,1%); e Sars-CoV-2/Covid-19 (63,7%).

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