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Panamá escolhe líder conservador após disputa eleitoral marcada por desafios jurídicos

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Mulino, de 64 anos, tinha quase 35% dos votos com mais de 92% das urnas já contabilizadas. Vai procurar o consenso político e promover “um Governo que seja a favor do setor privado”.

José Raul Mulino, conservador, é o novo líder do Panamá após vencer as eleições presidenciais com quase 35% dos votos, nove pontos percentuais à frente do segundo colocado, que admitiu a derrota. O presidente do Tribunal Eleitoral (TE), Alfredo Junca, anunciou a vitória de Mulino em um telefonema transmitido ao vivo pela televisão do Panamá no domingo à noite. Mulino, de 64 anos e ex-ministro da Segurança, alcançou quase 35% dos votos com mais de 92% das urnas contabilizadas. O sistema eleitoral do Panamá não prevê uma segunda volta, então a presidência vai para o candidato com o maior número de votos, não sendo necessário obter mais de 50%.

Mulino afirmou que não se sente encorajado por confrontos e que buscará o consenso político, promovendo um governo favorável ao setor privado, mas também atendendo aos mais necessitados. O candidato de centro-direita Ricardo Lombana, que ficou em segundo lugar, já falou com seus apoiadores e reconheceu a vitória de Mulino, porém o alertou para não se afastar da vontade popular, não privatizar a educação, não usar métodos autoritários para reprimir o povo ou renegociar um controverso contrato de mineração.

O Supremo Tribunal de Justiça do Panamá decidiu anteriormente que a extensão da exploração na maior mina de cobre da América Central, acordada pelo ainda presidente Laurentino Cortizo, era inconstitucional, o que gerou protestos e bloqueios nas estradas do país. Cerca de três milhões de eleitores foram às urnas para eleger o novo presidente, sucessor de Cortizo, em uma corrida marcada por uma batalha judicial. Na sexta-feira, o CSJ ratificou a candidatura de José Raul Mulino, substituto de última hora do ex-presidente Ricardo Martinelli, que governou o Panamá entre 2009 e 2014, e atualmente está refugiado na embaixada da Nicarágua.

O Supremo Tribunal havia admitido uma ação de inconstitucionalidade contra a decisão do TE de aceitar a candidatura de Mulino, alegando que ele concorria sem um vice-presidente e que não havia sido eleito em primárias pelo RM. Oito candidatos concorreram à presidência, incluindo o ex-presidente Martin Torrijos, pelo Partido Popular. Além do novo chefe de Estado, foram eleitos 20 deputados ao Parlamento Centro-Americano, 71 deputados à Assembleia Nacional, 81 prefeitos, 701 representantes municipais e 11 vereadores, com mandatos até 30 de junho de 2029.

Foto: Bienvenido Velasco/EPA

Fonte: Agência Brasil

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