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Prefeitura de Manaus e Nápoles assinam termo de cooperação internacional para reabilitação urbana

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A Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), é a nova parceira da cidade italiana de Nápoles, no programa da União Europeia, para acelerar o desenvolvimento urbano em governos com objetivos semelhantes. Cidades-metrópoles, com centros históricos valiosos e com a preocupação voltada ao meio ambiente, Nápoles e Manaus assinaram termo dentro do programa Cooperação Urbana e Regional Internacional (Iurc), oficializando os trabalhos internacionais entre as duas regiões.

A cooperação tem etapas que envolvem reuniões bilaterais, acordos, missões, troca de informações, expertise compartilhada, webinários e eventos internacionais. As fases incluem missões em ambas as regiões, com visitas técnicas, eventos de networking, ações com especialistas e elaboração de planos de ação regionais e urbanos para as duas participantes.

A participação de Manaus é fruto da articulação do Implurb junto à União Europeia. De Nápoles, participam dos trabalhos o gerente de projetos urbanos Nicola Barbato; a arquiteta Francesca Pignataro; a gerente no Brasil para o Iurc, Heloisa Barbeiro, e a líder de cidades Tricia Hackett. Da capital amazonense, os participantes são o diretor-presidente da autarquia municipal, engenheiro Carlos Valente; o vice-presidente, arquiteto e urbanista Claudemir Andrade; o diretor de Planejamento Urbano (DPLA), arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro; o coordenador de Projetos, arquiteto Leonardo Normando, e as arquitetas Luiza Lacerda e Rejane Gaston.

“Manaus e Nápoles assinaram o termo de cooperação e iniciam a promoção de ações para o desenvolvimento urbano e sustentável dos seus centros históricos, com troca de conteúdo, conhecimento e muita sinergia, lembrando que há regiões bem semelhantes no contexto arquitetônico, histórico e também de problemas de grandes cidades”, observa o diretor do DPLA, Pedro Paulo Cordeiro.

A gerente do Iurc no Brasil, Heloisa Barbeiro, explica que junto com a assinatura do termo foram definidos os temas de atuação, como desenvolvimento sustentável dos centros históricos, turismo e proteção ambiental.

“Os próximos encontros virtuais vão iniciar os trabalhos técnicos, com a construção dos planos regionais e planejamento de visitas de estudos entre as duas cidades, assim como a participação de membros em eventos internacionais”, comentou.

Enquanto Nápoles busca sinergia e parâmetros para trabalhar a reabilitação urbana de sua frente marítima, banhada pelo mar Tirreno, Manaus tem como foco a região com vista para o rio Negro, ponto de origem da capital amazonense. Em comum, as cidades querem reabilitar seus patrimônios, essências, monumentos, história e buscar soluções para problemas sociais, econômicos e estruturais.

Além de soluções, procuram reativar a extraordinária função urbana dos centros históricos, sua memória e as destinações de uso e outros parâmetros urbanísticos que atraiam habitantes, visitantes, cultura e economia para os espaços.

“A cidade de Nápoles pode contribuir muito porque tem uma configuração de centro antigo e de centro histórico, com aprofundados estudos e grupos de trabalho focados no plano diretor da cidade no sul da Itália, que combina belezas naturais, como o azul do mar Tirreno e o vulcão Vesúvio, e toda uma importância de patrimônio ligado à fundação grega”, destaca o vice-presidente do Implurb, o arquiteto e urbanista Claudemir Andrade, membro da comissão Manaus.

Nápoles passou por algumas reestruturações, com foco no alinhamento entre área urbana contemporânea, antiga e histórica, criando mais relações de convivência de espaços, principalmente os próximos à água, como o mar Tirreno. O Centro Histórico de Nápoles é inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e é um dos maiores e mais antigos da Europa.

Com similaridades como um centro histórico vivo, não musealizado, necessidades de restauros arquitetônicos, conservação, substituição de edificação, criação de espaços livres, os chamados “padrões urbanísticos”, entre outros, Nápoles e Manaus vão desenvolver uma abordagem produtiva e para transformar os bens econômicos, culturais e patrimoniais, sem perder valores peculiares, em uma utilidade maior social.

Programa

A etapa que inicia visa liderar e desenvolver a cooperação urbana e regional internacional, para o desenvolvimento urbano sustentável e da inovação, em uma grande rede global de referência para inovação, incluindo 138 cidades, 36 países e regiões de seis áreas geográficas.

Manaus é uma das cidades do Brasil selecionadas para integrar a segunda fase do programa internacional da Comissão Europeia. Não há custo para participar das ações internacionais e o financiamento das atividades é feito pela União Europeia.

O Iurc é um projeto global que apoia cidades de diferentes regiões, para conectar e compartilhar soluções para desafios comuns no desenvolvimento urbano sustentável, no âmbito da nova agenda urbana e no combate às mudanças climáticas.

Dentro do Iurc, a capital amazonense poderá desenvolver parcerias com temáticas urbanas de acordo com as suas prioridades, especificidades e demandas locais, com prazo de 24 meses de cooperação. Meio ambiente, reconversão de áreas no patrimônio histórico, biofilia, mobilidade e sustentabilidade são alguns dos objetivos que interessam a Manaus dentro da iniciativa global.

Projeto

Conforme o projeto, as cidades escolhidas para o Iurc receberão apoio para planejar, projetar, diagnosticar, criar soluções e gerir práticas urbanas com desenvolvimento de planos de ações locais e projetos-pilotos para alcançar resultados.

Uma plataforma de troca de conhecimento será estabelecida com recursos e melhores práticas sobre superação de barreiras específicas no urbanismo.

No âmbito do programa, as cidades se associam para abordar conjuntamente os desafios do desenvolvimento sustentável das suas regiões, incluindo setores privados, financeiros e as instituições públicas e acadêmicas no processo.

Assim, o programa promove a troca de conhecimentos, facilita a construção de pontes e apoia o desenvolvimento de projetos conjuntos.

Texto – Claudia do Valle / Implurb

Foto – Divulgação / Implurb

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