Economia
Banco Central aumenta taxa básica de juros para 14,25%, maior patamar desde governo Dilma
BC indicou que poderá aumentar novamente a Selic na próxima reunião, marcada para 6 e 7 de maio
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa básica de juros da economia de 13,25% para 14,25%. A decisão foi unânime.
Este é o maior patamar desde a crise econômica de 2015 e 2016, durante o governo Dilma Rousseff, quando a taxa também alcançou 14,25%. A ex-presidente sofreu impeachment em agosto de 2016.
A Selic é a taxa básica de juros do país e serve como referência para os juros de empréstimos e financiamentos. Com a alta da Selic, o crédito se torna mais caro, impactando o consumo e os investimentos.
Em comunicado divulgado após a reunião, o Banco Central indicou a possibilidade de um novo aumento na próxima reunião, agendada para os dias 6 e 7 de maio. “Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, informou a nota.
Esta foi a segunda reunião do Copom sob a presidência de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele assumiu o comando do Banco Central em janeiro deste ano, sucedendo Roberto Campos Neto, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.