Relembrando Chorão: 10 anos da morte do ícone do rock brasileiro

Hoje marca o décimo aniversário da morte de Chorão, o músico Alexandre Magno Abrão, considerado um dos grandes nomes do rock brasileiro. Ele foi encontrado morto em seu apartamento após uma overdose de cocaína. Chorão era uma figura controversa, que agregou uma multidão de fãs, mas nunca agradou às classes intelectuais.

Desde adolescente, Chorão tinha planos para montar sua banda, se entregando freneticamente ao trabalho e centralizando a maioria das decisões da Charlie Brown Jr. O grupo, que passou por várias trocas de membros, lançou dez álbuns de estúdio e se tornou uma das bandas brasileiras mais ouvidas no exterior.

Chorão nasceu em 9 de abril de 1970 em Tremembé, cidade próxima a Taubaté, em São Paulo, e morou na capital até os 13 anos, quando se mudou com a família para Santos. Adolescente, ele se envolveu com o rock e com o skate, que o acompanhariam no palco no futuro. Aos 14 anos, ele largou os estudos.

A Charlie Brown Jr. ganhou o Grammy Latino em 2009 com o álbum “Camisa 10 Joga Bola até na Chuva” e colecionou hits entre o fim dos anos 90 e o início dos anos 2000, como “Proibida pra Mim”, “Quinta-Feira”, “Zoio de Lula”, “Só por uma Noite” e “Te Levar Daqui”. Chorão foi o integrante que esteve mais tempo no grupo.

Além da música, Chorão se aventurou no cinema, atuando e escrevendo o roteiro do filme “O Magnata” (2007), dirigido por Johnny Araújo e estrelado por Paulo Vilhena, que conta a história de um playboy revoltado que toca rock. Quando o garoto decide mudar sua vida, comete um grande erro que põe tudo em jogo.

Chorão era conhecido por sua personalidade forte e gênio difícil, mas também por ser uma pessoa carinhosa e generosa. Sua morte chocou os fãs e deixou uma lacuna na música brasileira. Ainda hoje, ele é lembrado como um ícone do rock e um dos maiores artistas que o Brasil já produziu. Seu legado continua inspirando muitos músicos e fãs em todo o país.