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Uruguai deve decidir presidente em segundo turno entre centro-esquerda e conservadorismo

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Foto: Reprodução

No Uruguai, os resultados parciais da eleição presidencial indicam que Yamandú Orsi, candidato de centro-esquerda, enfrentará o conservador Álvaro Delgado em um segundo turno marcado para 24 de novembro. Com 60% dos votos apurados até a noite de domingo, Orsi recebeu 41,5% dos votos, enquanto Delgado obteve 28,69%. Um terceiro candidato, Andrés Ojeda, também de direita, alcançou 16,8% e declarou apoio a Delgado para evitar uma vitória da esquerda.

A disputa entre os dois candidatos de centro contraria uma tendência na América Latina, onde eleições recentes têm sido marcadas por polarizações acentuadas entre direita e esquerda. O Uruguai, país de 3,4 milhões de habitantes, conhecido por suas praias, maconha legalizada e estabilidade institucional, também elegeu no domingo seu próximo vice-presidente e membros do Parlamento.

Além da eleição presidencial, os uruguaios votaram em dois plebiscitos obrigatórios: um sobre a reforma da previdência, que propunha reduzir a idade mínima de aposentadoria de 65 para 60 anos, e outro sobre o aumento dos poderes policiais no combate ao crime ligado às drogas. Pesquisas de boca de urna apontam que ambas as propostas foram rejeitadas. Segundo institutos locais, como Cifra e Equipos Consultores, cerca de 61% dos eleitores rejeitaram a reforma previdenciária, afastando preocupações de investidores sobre os impactos econômicos da medida. Já o referendo sobre segurança teria recebido menos de 40% de apoio.

Na capital Montevidéu, tradicionalmente um reduto de apoio à centro-esquerda, apoiadores da Frente Ampla reuniram-se em um palco com vista para a orla, aguardando os resultados. “Somos o partido que mais cresceu nesta eleição”, afirmou Orsi, ao discursar para os simpatizantes. “Nos próximos 27 dias, daremos o último empurrão, com mais vontade do que nunca”, completou.

Enquanto isso, Delgado destacou os avanços econômicos da coalizão conservadora no governo, que enfrenta dificuldades para defender seu histórico na segurança pública, mas aposta na alta do emprego e dos salários reais como argumentos para a continuidade. “Estou convencido de que todo o trabalho que realizamos e o que representamos terão sucesso”, disse o candidato conservador, confiante em um segundo turno decisivo para o país.

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