Internacional
Tribunal alemão rejeita recursos contra obrigatoriedade de vacina
Medida vale a partir de 15 de março para trabalhadores da saúde
O Tribunal Federal de Justiça da Alemanha rejeitou, nesta sexta-feira (11), recursos de emergência impetrados por cidadãos contra a obrigatoriedade de vacina contra a covid-19 para profissionais do setor de saúde.
No país trabalhadores de hospitais e outras unidades de saúde, assim como funcionários de lares de idosos, serão obrigados, a partir de 15 de março, a estar vacinados contra a doença.
A medida, tomada pelo Executivo alemão para conter o aumento de casos de SARS-CoV-2, foi contestada de imediato por vários trabalhadores, que entraram com recursos no Tribunal Constitucional Federal, em Karlsruhe, contra a obrigatoriedade da vacina. Essas petições foram, agora, rejeitadas pelo principal tribunal da Alemanha.
Os casos de covid-19 no país estão atingindo número recorde. Especialistas preveem que o pico de infecções seja atingido em meados deste mês.
O ministro alemão da Saúde, Karl Lauterbach, alertou que o levantamento prematuro das restrições pode fazer atrasar a previsão, originando novas ondas de casos.
Suspensão de restrições
O chanceler Olaf Scholz adiantou que a quinta onda da pandemia na Alemanha se aproxima do pico e que, depois disso, pode ser iniciado o regresso gradual à normalidade.
A decisão sobre a suspensão de restrições deverá ser tomada em reunião na próxima semana entre o chanceler e líderes dos 16 estados alemães.
“O prognóstico científico mostra-nos que o pico desta onda da pandemia está à vista”, disse o chefe de governo no Parlamento. “Isso permite que na reunião entre o governo federal e os estados sejam decididos os primeiros passos de reabertura e considerados outros para a primavera”.
A Alemanha registrou média de 167 mil casos diários ao longo da última semana. Em novembro, a média ficou em torno de 58 mil casos por dia.
No entanto, o número de mortes associadas à covid-19 caiu 27% nas duas últimas semanas, e o número de pacientes internados em unidades de cuidados intensivos é agora metade do que foi em dezembro.
Foto: Reuters/Christian Mang
Fonte: Agência Brasil