Internacional
Putin ordena exercícios nucleares em resposta a ameaças ocidentais
Segundo o Ministério russo da Defesa, treino pretende “manter prontidão” do Exército para proteger o país, em resposta às ameaças
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a realização de exercícios nucleares em um futuro próximo, envolvendo tropas posicionadas próximas à Ucrânia, em resposta a ameaças de líderes ocidentais contra Moscou, anunciou o Ministério da Defesa russo.
Durante os exercícios, serão realizadas medidas para treinar a preparação e utilização de armas nucleares não estratégicas, conforme comunicado do ministério russo divulgado na rede social Telegram. A decisão foi tomada por instrução do comandante-em-chefe supremo das Forças Armadas da Federação Russa, Vladimir Putin.
O objetivo desses treinos é manter a prontidão do Exército para proteger o país, em resposta às declarações provocativas e ameaçadoras feitas por certos responsáveis ocidentais contra a Rússia, segundo o comunicado.
Os exercícios envolverão a Força Aérea, a Marinha e as forças do Distrito Militar do Sul, situado próximo à Ucrânia e abrangendo regiões anexadas por Moscou. A data e o local desses exercícios ainda não foram anunciados.
Em outubro de 2023, a Rússia anunciou que Vladimir Putin supervisionou lançamentos de mísseis balísticos durante manobras militares simulando um “ataque nuclear massivo” a Moscou. Durante esses exercícios, um míssil balístico intercontinental Iars foi disparado da base espacial de Plesetsk, no norte da Rússia, enquanto outro míssil balístico Sineva foi lançado de um submarino no Mar de Barents. A organização dessas manobras foi tornada pública no mesmo dia em que a câmara alta do Parlamento Russo, o Conselho da Federação, aprovou a revogação da ratificação do Tratado de Proibição de Testes Nucleares (CTBT).
Desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o presidente russo tem mencionado um possível uso de armas nucleares. A Rússia implantou armas nucleares táticas na Bielorrússia, seu aliado mais próximo e vizinho da União Europeia, durante o verão de 2023.
A doutrina nuclear russa prevê o uso “estritamente defensivo” de armas atômicas em caso de um ataque à Rússia com armas de destruição em massa ou em situação de agressão com armas convencionais que ameacem a existência do Estado.
Foto: YURI KOCHETKOV / POOL / AFP
Fonte: Agência Brasil