Esportes
Brasil enfrenta Espanha em amistoso de conscientização contra o racismo no futebol
A Seleção Brasileira enfrentará a Espanha em um amistoso nesta terça-feira (26), às 17h30 (horário de Brasília), no estádio Santiago Bernabéu, em Madrid. Este jogo segue o confronto anterior do Brasil contra uma seleção europeia, no qual derrotou a Inglaterra por 1 a 0 no último sábado (23), no estádio Wembley, em Londres, com o gol marcado por Endrick.
O amistoso desta terça-feira representa uma iniciativa conjunta entre o Brasil e a Espanha na luta contra o racismo no futebol e na sociedade em geral. Ontem (25), jogadores e representantes das federações de ambos os países se reuniram no estádio para promover essa campanha.
Vinicius Júnior, jogador brasileiro do Real Madrid, tem sido alvo de ataques racistas constantes por parte de torcedores espanhóis, tanto antes, durante quanto após as partidas. Como principal jogador da equipe espanhola, Vinicius expressou seu lamento mais uma vez em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (26), cobrando medidas mais enérgicas contra esses ataques racistas. Ele revelou sentir-se cada vez mais desmotivado e entristecido em jogar, chegando a chorar em certos momentos da entrevista.
“A falta das punições. Se a gente começar a punir todas essas pessoas que cometem crime e aqui eles não consideram crime, vamos começar a evoluir, tudo vai ficar melhor para todo mundo. Faço tantas denúncias, muitas vezes chegam cartas para fazer mais denúncias, mas no final acontece como aconteceu com meu amigo em Barcelona, eles arquivam o processo e ninguém sabe de nada. Se a gente começar a punir essas pessoas, não que eles vão mudar o pensamento, mas vão ficar com medo de falar, seja no estádio, onde tem câmeras… e assim vamos diminuir isso, colocar medo naquelas pessoas. E que eles possam também educar seus filhos. Muitas vezes aqui tem criança me xingando e eu não culpo a criança, porque eles não entendem, eu na idade deles não entendia o racismo. É complicado.”, comenta Vinicius sobre as frustações em relação aos ataques racistas sofridos.
Foto: Rafael Ribeiro/CBF