Amazonas
Pesquisador Júlio Gama mais uma vez representa o Amazonas no Copene
O pesquisador de diásporas negras bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM), Júlio Cesar Coelho Gama, é o representante amazonense no III Copene Norte (Congresso de Pesquisadoras/es Negras/os da Região Norte) que nessa edição vem com o tema Amazônias Negras e a Pandemia do Racismo: resistências, identidades étnico-raciais e 10 anos de políticas de ações afirmativas. O congresso, mais um na carreira acadêmica de Gama, será realizado pelo campus da UNIR (Universidade Federal de Rondônia) de Ji-Paraná, de 04 a 07 de outubro de 2021, inteiramente remoto.
Totalmente dedicado em 2021 a pesquisa e processo de mestrado pela Universidade Federal do Amazonas e Orientado pela Dr. Renilda Aparecida Costa, Júlio Gama não tem medido esforços e tem participado de vários congressos de sua área. Como o VIII Congresso de Pesquisadores Negros realizado em julho também de forma remota.
O acesso proporcionado pelas plataformas de conferências remotas tem facilitado a atuação do pesquisador. “Tenho publicado artigos científicos e participado de quase todos os Copene que vêm acontecendo. Em fins de setembro estive no Copene Sudeste. Em meados de outubro começa o Copene Nordeste e já no fim deste mês a edição do Sul. Então, pretendo participar destes processos científicos do negro filiado a ABPN (Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as) em todo o território nacional, principalmente, pela facilidade que o Google Meet nos trouxe”, disse Gama.
Júlio Gama já coordenou a edição amazonense do Copene em 2017, evento que vê como de grande importância para o estudo das questões negras no Brasil. “É gratificante participar destes eventos de isso me dá a oportunidade de publicar mais um artigo científico em um encontro assinado pela ABPN que é uma congregação de cientistas do mais alto gabarito. Na edição de Manaus integrei a comissão do que foi o primeiro Copene Norte, na ocasião, além de recebermos grandes pesquisadores de todo Brasil, tive a oportunidade de convidar artistas amazonenses do campo da dança e música, englobando a cultura afro. Convidei o grupo Arte Sem Fronteiras para a abertura e Márcia Siqueira e James Rios para fazerem parte do evento. Eles tiveram uma grande contribuição para o projeto, o que deu forças para a realização do segundo Copene que aconteceu em Palmas, capital tocantinense”, comentou gama.
Terceira edição no Norte
Neste ano, as questões raciais no Brasil têm se apresentado cotidianamente nas ações violentas das mortes de jovens negros, no feminicídio que ataca percentuais maiores de mulheres negras e no atual estado sanitário, por meio da COVID-19. Nesse sentido, destaca-se que o III COPENE NORTE se constitui como um espaço macro para a reflexão, diálogos e compartilhamento de experiências vivenciadas pelos NEABs (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros), NEABIS (Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) e Grupos Correlatos em ações de pesquisadores e pesquisadoras e na iniciação científica, que se tem dedicado aos estudos sobre as tensões que envolvem as relações raciais no Brasil.
Além disso, o III COPENE NORTE centra-se no fortalecimento das redes de estudos e pesquisas que investigam questões como comunidades quilombolas, povos indígenas, a presença negra, indígena, quilombola e ribeirinha no âmbito das universidades localizadas na Região Norte; as relações estabelecidas por estes segmentos, no âmbito das ações afirmativas e outras políticas públicas que reforçam o Ensino Superior no Brasil com um olhar para a regionalidade; e quanto a Lei de Cotas, a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, que instituiu a legalidade da reserva de vagas levando em consideração a categoria “raça/cor” para ingresso no ensino superior nas universidades federais públicas brasileiras, que completará 10 anos em 2022.