Amazonas
Justiça do Amazonas decreta prisão de suspeito pelo assassinato de jovem palestino-brasileiro
Crime ocorreu na madrugada de sábado (8), nas proximidades da casa noturna Rox Clube. Vítima foi ataca com gargalo de garrafa no pescoço
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou, na noite de domingo (9), a prisão temporária de Robson Silva Nava Júnior, apontado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) como o autor do assassinato do jovem palestino-brasileiro Mohammad Ali Ismail Hamdan Manasrah, de 20 anos. O crime ocorreu na madrugada de sábado (8), nas proximidades da casa noturna Rox Club Lounge, no bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul de Manaus.
Segundo a Sociedade Árabe Palestina do Amazonas, a confusão entre Mohammad e o suspeito começou dentro da boate. Ambos foram retirados pelos seguranças, mas a discussão continuou na rua, onde Robson desferiu um golpe de garrafa no pescoço da vítima.
Imagens gravadas por testemunhas mostram Mohammad, vestindo uma blusa branca, caindo ao chão ensanguentado enquanto recebia ajuda de um homem não identificado. O jovem foi socorrido e levado ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi choque hemorrágico, lesão vascular, traumatismo no pescoço e ferimento perfurocortante.
Robson Júnior compareceu espontaneamente à delegacia para prestar esclarecimentos. No entanto, testemunhas o identificaram como o principal suspeito, apesar de sua roupa não coincidir com as imagens registradas por câmeras de segurança.
Além da prisão temporária, a Justiça expediu mandado de busca e apreensão na residência do investigado, cujo endereço não foi divulgado. Contudo, a interceptação de comunicações e a quebra de sigilo de dados foram negadas por não se enquadrarem nas medidas permitidas em plantão criminal.
Mohammad nasceu em Manaus, mas viveu a maior parte da vida na Jordânia, onde estudava Ciência da Computação na Universidade da Jordânia. Ele estava na capital amazonense para visitar o pai e o irmão e retornaria à Jordânia na quarta-feira (12).
Em nota, a Rox Club Lounge afirmou que o incidente ocorreu fora das dependências do estabelecimento e destacou que está colaborando com as investigações.
O crime foi enquadrado como homicídio qualificado por motivo fútil, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão, conforme o artigo 121, parágrafo 2º, do Código Penal. O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).