Amazonas
Casos de dengue dobram no Amazonas e acendem alerta para 2025
Segundo o último informe epidemiológico da FVS-RCP divulgado nesta quinta-feira (30), foi observado um aumento de 104% nos casos da doença no estado
Os casos de dengue no Amazonas mais que dobraram na última semana, segundo o informe epidemiológico divulgado nesta quinta-feira, 30, pela Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Entre os dias 23 e 30 de janeiro, foram confirmados 344 casos da doença, enquanto o consolidado das três primeiras semanas do mês havia registrado 169 casos.
O boletim aponta ainda que, em janeiro, o estado registrou 1.259 notificações de suspeitas de arboviroses, com cinco casos confirmados de Chikungunya. Até o momento, não foram confirmadas mortes relacionadas a essas doenças.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou que o estado enfrenta o período sazonal de arboviroses, com maior risco para a dengue. “Estamos aguardando um aumento e nos preparando. Hoje, a previsão aponta uma tendência de crescimento nos casos. O risco de aumento existe”, afirmou.
Para conter o avanço da doença, a fundação emitiu orientações aos municípios do interior do estado, com foco na intensificação de ações para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. Nos próximos dias, será lançado um plano de contingência para os 62 municípios do Amazonas.
Sorotipos e sintomas
Neste ano a fundação está monitorando os quatro sorotipos de dengue que circulam no país, inclusive o dengue Tipo 3, que foi registrado pela primeira vez nos últimos 15 anos no Amazonas, em 2024.
Segundo o Ministério da Saúde, o Tipo 3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, tendo maior potencial de causar formas graves da doença. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.
Entre os sintomas mais comuns associados a dengue estão:
- Febre alta;
- Dor no corpo e nas articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
Os sinais de alarme da doença são caracterizados principalmente por:
- Dor abdominal intensa e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos;
- Sangramento de mucosa;
- Irritabilidade.