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Prefeitura apresenta projeto ‘Autoexame de Pele Virtual’ para diretores das escolas públicas

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A Prefeitura de Manaus, por meio a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), vai promover na terça-feira, 31/5, das 9h às 10h30, na Universidade Paulista, bairro Parque 10 de Novembro, zona Sul, uma reunião técnica para apresentação do projeto “Autoexame de Pele Virtual: rastreamento de casos de hanseníase e outras dermatoses”.

O projeto pretende alcançar quase 150 mil estudantes de 257 escolas, 196 municipais e 61 estaduais, cuja apresentação será direcionada para os gestores das instituições de ensino que irão participar das ações.

A chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase, Ingrid Santos, explica que, durante a reunião técnica, será feita a apresentação da metodologia do projeto para os profissionais da educação. “Essa é a última etapa de preparação para o início da execução do projeto, esclarecendo os profissionais das escolas sobre os objetivos e os instrumentos que serão utilizados, assim como as orientações que deverão ser repassadas aos pais e responsáveis, o material educativo sobre a hanseníase e também o cenário epidemiológico da doença em Manaus”, informa Ingrid Santos.

O autoexame consiste em um questionário on-line em que os alunos poderão responder em casa, com apoio dos pais, identificando possíveis alterações na pele. O projeto será desenvolvido no período de junho de 2022 a novembro de 2023 em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e a Fundação Alfredo da Matta (Fuam).

“É mais uma estratégia da Semsa que busca investigar casos suspeitos e interromper a cadeia de transmissão, promovendo tratamento oportuno. Na comunidade escolar, a busca ativa de casos suspeitos é fundamental para o diagnóstico precoce e identificação de outros casos no ambiente familiar e social. A hanseníase é uma doença transmissível e o diagnóstico em uma criança ou adolescente aponta que houve a transmissão a partir do contato próximo e prolongado com um adulto, que ainda não está em tratamento”, explica Ingrid Santos.

Para a seleção das 257 escolas, a Semsa utilizou como critério a inclusão das instituições no Programa Saúde na Escola (PSE), além de envolver escolas do bairro Colônia Antônio Aleixo (zona Leste), que, no passado, foi local de segregação de pessoas com hanseníase.

Segundo Ingrid Santos, com o questionário on-line preenchido, a Semsa fará a avaliação dos registros enviados pela família e, de acordo com os critérios estabelecidos, será feito encaminhamentos para atendimento médico, tanto em casos suspeitos de hanseníase, quanto de outras dermatoses.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen. A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa doente, sem tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros, transmitindo para pessoas sadias que convivem próximo e por tempo prolongado no mesmo ambiente.

Por esse motivo, as unidades de saúde devem realizar o acompanhamento dos contatos domiciliares do paciente com hanseníase para a detecção do diagnóstico precoce.

Na fase inicial da doença, a hanseníase é caracterizada por lesões na pele e nervos que causam diminuição ou ausência de sensibilidade. Em estágios mais avançados pode ocorrer, entre outros sintomas, formigamentos, câimbras, dor ou espessamento dos nervos periféricos, principalmente nos olhos, nas mãos e nos pés, com diminuição ou perda de força muscular, inclusive nas pálpebras.

Durante o ano de 2021, houve registro em Manaus de 103 casos novos da doença, incluindo sete casos em menores de 15 anos. Este ano, Manaus já registra 42 casos novos de hanseníase, sendo cinco casos em menores de 15 anos. Do total de registro deste ano, 54,76% dos pacientes apresentaram grau I e 9,52% grau II de incapacidade física.

“Isso significa que, no momento do diagnóstico, a maioria dos pacientes já apresentava algum tipo de sequela pela doença. O diagnóstico e o tratamento precoce são as únicas formas de evitar as sequelas irreversíveis”, alerta Ingrid.

Texto e foto – Divulgação/Semsa

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