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Profissionais municipais da Saúde se capacitam para diagnóstico precoce de hanseníase em Manaus

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A Prefeitura de Manaus deu início a mais um curso de capacitação, na manhã desta segunda-feira, 13/9, para promover o diagnóstico precoce da hanseníase na rede de atenção primária de saúde. A programação, que será desenvolvida durante três dias, foi aberta no auditório do Distrito de Saúde Oeste, no conjunto Santos Dumont.

Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que atuam nas unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), participam do treinamento, que tem a proposta de fortalecer a vigilância sobre os casos novos de hanseníase enfatizando o diagnóstico oportuno. A expectativa é de que cem profissionais participem da capacitação, que será realizada durante os meses de setembro e outubro

Para a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, reforçar as ações de vigilância a partir da qualificação é a melhor estratégia, para evitar que os usuários acometidos pela hanseníase desenvolvam as formas graves da doença.

“A hanseníase é uma doença que ainda é encarada com muito preconceito e que tem cura, bastando para isso, iniciar o tratamento. Nosso desafio na saúde pública é evitar que a doença se agrave, resultando em complicações neurais graves, que podem incapacitar o paciente”, assinalou.

A gerente de Vigilância de Epidemiologia da Semsa, Cláudia Rolim, aponta que a capacitação representa um reforço na prática cotidiana dos profissionais, possibilitando o diagnóstico rápido. Essa postura permite que o tratamento seja iniciado rapidamente, evitando que os usuários desenvolvam incapacidades físicas.

“A partir do momento em que o paciente inicia o tratamento ele já deixa de transmitir a doença. Por isso é importante que qualquer profissional de saúde, seja ele médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem, consiga observar e fazer o exame de pele, para verificar se há alterações e a partir daí, avaliar e fazer os exames complementares”, frisou.

A enfermeira Tânia Ferreira, que atua na UBS Sálvio Belota, bairro Santa Etelvina, zona norte, acrescenta que, para ela, a capacitação é uma forma de fortalecer os conhecimentos científicos já adquiridos e esclarecer dúvidas sobre hanseníase, que surgem na sua prática como enfermeira.

“Esse curso permite que a gente trabalhe a nossa prática, descobrindo os casos de maneira oportuna, com as situações do dia a dia. Assim, a gente evita que a pessoa desenvolva as formas graves da hanseníase”, sintetizou.

Casos

A Semsa já realizou do início deste ano até o mês de agosto, um total de 26.418 exames de pele, com registro de 62 casos novos de hanseníase, sendo cinco em menores de 15 anos. Esses números, quando comparados ao mesmo período do ano de 2020, apontam para um incremento de 14,9 % na detecção de casos novos, resultado das capacitações implementadas.

Texto – Tânia Brandão / Semsa

Foto – Juliana Campos / Semsa

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